06 janeiro 2011

13º FÓRUM PAULO FREIRE, Santa Rosa/RS


O Fórum Paulo Freire, é uma “instância permanente de diálogo e intercâmbio em torno de experiências e estudos relacionados à obra de Paulo Freire” (Andreola, “Pedagogia da Indignação”, 2000, p. 17-18).
Foi fundado em 1998, na UNISINOS – São Leopoldo, RS – durante o Congresso Internacional Paulo Freire. O primeiro encontro do Fórum foi realizado na mesma universidade nos dias 21 e 22 de maio de 1999 e contou com mais de 70 trabalhos inscritos.

Desde então o fórum “itinerou” por várias universidades do Rio Grande do Sul, voltando a acontecer, em 2008, na Unisinos, em 2009 na UFRGS, em 2010 na PUC de Porto Alegre e em 2011 será realizado na Unijuí, em Santa Rosa.

As reuniões anuais são realizadas, então, num sistema de alternância, em universidades da Região Sul em cooperação com entidades públicas, movimentos sociais e Organizações Não-Governamentais.

Quando ocorre: Segunda metade de Maio de cada ano, com inscrição de textos até o final de março. No ano de 2011, será realizado de 26 a 28 de maio de 2011, no campus da Unijuí em Santa Rosa, sob a coordenação conjunta da UNIJUÍ, URI, UFFS e Prefeitura Municipal de Santa Rosa.

Participantes: Pesquisadores em universidades, professores, gestores das redes de ensino e escolas, educadores vinculados aos movimentos sociais e ONG's e acadêmicos da área da educação.

Carga Horária: 16h

Onde: em Universidades Federais e Comunitárias do RS.

Certificado: É fornecido certificado de participação aos que estiverem devidamente inscritos.

Investimento: em torno de R$ 50,00

Envio de trabalhos:
No ato da inscrição (pela internet);
O trabalho deve estar vinculado a um eixo temático;
Os trabalhos podem ser: texto, pôster, intervenção e expressão cultural;
Cada participante pode ser autor de apenas 1 trabalhopodendo ser co-autor deoutros trabalhos.

Eixos Temáticos:
1. PAULO FREIRE e a Educação superior
2. PAULO FREIRE e a Educação do campo: resistência e construção de alternativas
3. PAULO FREIRE e os Movimentos sociais, economia solidária, educação e trabalho
4. PAULO FREIRE e a Educação de Jovens e Adultos
5. PAULO FREIRE e a Educação popular (ambientes diversos)
6. PAULO FREIRE e a Formação de professores
7. PAULO FREIRE e as políticas públicas da Diversidade, do Interculturalismo e dos direitos humanos
8. PAULO FREIRE e as Práticas educativas nas escolas da Educação Básica
9. PAULO FREIRE em diálogo com outros autores(as)
10. PAULO FREIRE e a Educação, comunicação e novas tecnologias
11. PAULO FREIRE Educação, saúde e cidadania
12. PAULO FREIRE Arte, cultura e educação
13. PAULO FREIRE e a Cultura de paz e resolução não violenta de conflitos


Contamos com a sua participação no 13 Fórum, que se aproxima.
Mais informaçoes: 3332.0411 – Depe/Unijuí.
Nota.: Material produzido pela Profa Elza M. F. Falckembach; postado por Lia.

06 maio 2010

Dossiê "GRAMSCI E A EDUCAÇÃO"

Acaba de ser publicado o número 1 da Revista Digital Paideia “Filosofia e Educação”.
Apresenta um dossiê temático sobre “Gramsci e a Educação”.
O dossiê pode ser acessado clicando em ATUAL no sítio da revista  ( http://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/rdp ).

05 maio 2010

PRORROGADAS AS INSCRIÇÕES XXII FORUM PAULO FREIRE

ATENÇÃO - PRORROGAÇÃO DE PRAZO
As inscrições para o XXII Fórum Estadual foram prorrogadas até
quinta feira, dia 6 de maio.

Divulgue!!

02 maio 2010

VII Colóquio Internacional Paulo Freire


VII Colóquio Internacional Paulo Freire




VII Colóquio Internacional Paulo Freire
Site: http://www.paulofreire.org.br/asp/template.asp?secao=noticias&come=0
Inscrições: http://www.paulofreire.org.br/coloquio/

Tema: Paulo Freire: Contribuições para a Educação e Cultura Popular

Local – Campus da UFPE
Data – 16 a 19 de Setembro de 2010

Iniciadas as inscrições para o VII Colóquio Internacional Paulo Freire. Comemorativo dos 50 anos do Movimento de Cultura Popular do Recife - MCP, o evento contará com a participação de vários protagonistas do MCP, espaço onde Paulo Freire foi um dos expoentes, teceu e realizou muitas de suas revolucionárias idéias. Professores, educadores populares, profissionais de diversas áreas do conhecimento provenientes do Brasil e de diversas partes do mundo estão presentes. No VII Colóquio os participantes podem inscrever trabalhos em Mesas Redondas, Comunicações Orais e participar dos Círculos de Cultura. O participante, ao inscrever seu trabalho deverá escolher um dos eixos:
Educação e Cultura
Educação Popular e Movimentos Sociais
Educação de Jovens e Adultos
Trabalho e Identidade Social
Sustentabilidade do Meio Ambiente
Direitos Humanos e Cultura da Paz
Para os que pretendem participar com trabalhos, o prazo para apresentação do resumo é até 30 de maio de 2010. Sendo aprovado pela Comissão Científica, o autor deverá apresentar texto completo de 8 a 12 laudas, até 30 de julho de 2010. Tudo conforme as orientações para inscrição contidas no site www.paulofreire.org.br/coloquio/

TEXTO / CONTEXTO

   Texto e contexto são conceitos que ocupam lugar privilegiado na obra de Freire. Para o autor, “o conhecimento se constitui nas relações homem-mundo, relações de transformação, e se aperfeiçoa na problematização crítica destas relações” (1992, p. 36). Processos educativos, que se pretendem críticos, agregam texto e contexto. Vivem radicalmente o ato cognoscente quando convocam os sujeitos – educandos/educadores e educadores/educandos - não apenas a se darem conta de um objeto de conhecimento “no contexto real onde se dá”, mas a experimentarem uma inserção sobre ele, o que os leva a criação-ação-transformação.

   Esses processos educativos também agregam contextos concretos e teóricos. Situações existenciais, experiências da vida diária e práticas realizadas em âmbitos diversos da cotidianidade configuram contextos reais concretos, que são culturais e históricos. Fazem, então, dessas situações experiências e práticas, objeto de conhecimento, na medida em que se voltam sobre elas para “ad-mirá-las”.
   Com isso fundam contextos teóricos desde os quais se realizam reflexões críticas sobre a constituição e os condicionamentos dos contextos reais concretos; sobre os fazeres, saberes, pensares, relações e ações vigentes em seus âmbitos e sobre as teorias que orientam as práticas que configuram e se configuram nesses contextos reais concretos. O objeto “ad-mirado” ou em processo de “ad-miração” faz-se, então, mediatizador da “ad-miração” dos sujeitos que o expressam e sobre ele refletem. Um processo reflexivo mais complexo se estabelece neste contexto teórico: a “re-ad-miração”, operação teórico-conceitual. Essa operação leva o pensamento a mover-se, dos contextos reais concretos - tidos como partes de um contexto sócio-histórico mais amplo a este último, em um movimento de “abstração” sobre o objeto de conhecimento, como diz Freire (2001, p. 44). Esse movimento não subtrai, contudo, os objetos de conhecimento de seus contextos reais concretos. Pelo contrário, passa a compreendê-los desde as totalidades que os contêm e que os significam e os transformam.
   O caminho do conhecimento identificado por Freire, em processos educativos críticos, não se esgota em um momento, em um tempo, em um sujeito. Quanto mais os sujeitos cognoscentes adentram seu objeto de conhecimento, mais conscientes se tornam de que há mais por conhecer. A problematização/reflexão que permite a inteligibilidade do objeto, por sujeitos em relação, funda a comunicabilidade. Forja espaços dialógicos que aproximam educador e educando, uma vez que, no ato cognoscitivo, estarão compartilhando presença no contexto que sustenta o objeto de conhecimento e relação com os signos linguísticos necessários para expressá-lo. É desde esses imbricamentos que Freire aponta a associação entre pensamento, linguagem, realidade.



Esses movimentos perceptivos e/ou reflexivos projetam, como insinua o autor, textos, cuja complexidade é compatível com a profundidade e amplitude que os primeiros atingem. Por sua vez, em processos educativos, um texto pode apresentar-se como elemento de comunicação do percebido e refletido, como também sob a forma de objeto de ad-miração. Contudo, sua historicidade - que em ambos os casos está associada à do ato cognoscente que torna possível a sua criação - os mantém “abertos”. Convoca educadores e educados, leitores e escritores, a um “processo de reinvenção contínua do texto no contexto cultural e histórico” que lhes é próprio. “Um texto excelente é um texto que pode transcender seu lugar e seu tempo” (2001, p. 73).
   As obras de Freire em que os termos texto e contexto aparecem de forma mais explícita são as que analisam os atos de ler e estudar (associados a processos alfabetizadores ou a outros níveis de educação), as mesmas que insistem em evidenciar que a capacidade de ler os textos, compreender a realidade e transformá-la, que é concomitante com a construção crítico/reflexiva dos sujeitos, exige distanciamento do vivido para constituí-lo como objeto de/em “ad-miração”. É o que mostra Freire no primeiro texto de “A importância do ato de ler”, quando passa a rever o próprio processo de alfabetização e a contar como os textos, as palavras, as letras se encarnavam nas coisas, na natureza e nas relações possibilitadas pelo contexto da sua infância, juventude e mocidade. E como, na medida em que sobre este contexto adentrava, para dele mais saber, via-se apaziguado dos seus temores de então. Mostra também, em textos produzidos individualmente ou em diálogo com outros educadores, como este adentramento crítico cria condições para que os sujeitos (oprimidos), ao divisarem a situação de opressão em que vivem, engagem em uma prática libertadora, construída em torno da esperança da realização do “sonho possível”, sonho coletivo, cujo critério de possibilidade ou impossibilidade é um critério histórico-social.
   O ato de percorrer a obra de Freire para a realização da presente síntese tornou possível pontuar sua aproximação teórico-epistemológica, quanto à temática em questão, especialmente de pensadores como Kosik (concretude, totalidade), Gramsci (ação contra-hegemônica), Marx (transformação da realidade) e Mounier (aspiração transcendente, produção de uma nova cultura, produção de um novo sujeito).

Referências
FREIRE, Ana Maria Araújo (Org.) Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Ed. UNESP, 2001.
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade: e outros escritos. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 5. ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1983.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 10. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem gosta de ensinar. São Paulo: Olho D’Água. 1997.
STRECK, Danilo (Org.) Paulo Freire: ética, utopia e educação. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.


FONTE: Dicionário Paulo Freire

PRÓXIMOS ENCONTROS DO GRUPO

1) Ocorrerá em Porto Alegre nos dias 21 e 22 de maior de 2010 o XXII FORUM PAULO FREIRE. Mais informações, clique aqui.


2) Próximo encontro do grupo ocorrerá no dia 25 de maio de 2010 em local e horário a ser combinado e divulgado pelo blog:
TEMA: Leitura e discussões do livro: Pedagogia da Autonomia.
Clique aqui para fazer o download do material em PDF.

3) Segundo encontro do mês de maio de 2010 ocorrerá no dia 22 de junho de 2010, também em local e horário a combinar.

Ocorreu no dia 27 de maio ultimo um Encontro Grupo Paulo Freire – UNIJUÍ

          Encontro Grupo Paulo Freire – UNIJUÍ – 27.04.2010


Professora Elza: “O grupo se constitui para ler Paulo Freire em Paulo Freire”. É importante destacar a radicalidade do pensamento de Freire. Um dos conceitos mais radicais de Freire talvez seja a da tolerância na luta pelo “ser mais”.



Trabalhos apresentados no último Fórum PF:

ISAURA – sobre seu artigo “Oprimidos, oprimidos, oprimidas, oprimidas... um diálogo partindo de Paulo Freire, outras e outros”.

Paulo Freire fez uma opção pelos esfarrapados do mundo. Esse é seu lado e sua visão. A luta de classes é importante, mas existem outros motores sociais. “Essa coisa de falar só a metade da história não dá mais”. Paulo Freire percebe sua inconclusão quando inclui, além da questão de classe, a questão de raça e gênero.

CECÍLIA – Teatro “Acorda Raimundo” – Posters e outras formas de expressão.

A força da educação com respeito aos sujeitos precisa incluir outras formas de expressão como o teatro e a dança para facilitar a leitura do mundo além da palavra.

CÁTIA – Diálogo em Paulo Freire: Ser mais

Paulo Freire foi contra toda relação onde algumas pessoas valem mais do que as outras, assim como na educação tradicional que é antidialógica, onde uma pessoa se coloca na frente e o discente não se sente sujeito, mas objeto.